sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ANSHAN, frio, neve, e na boca... ainda o gosto de DALIAN


Me abraça!
E descansa tua cabeça sobre este ombro que te ergue e por ti é erguido.

Me abraça!
E deixa que a órbita de teu mundo se torne a órbita atômica de meu núcleo.

Me abraça!
E esqueça que teus dias amargos um dia pesaram neste coração que agora, num mágico e arrebatador instante, se funde ao meu.

Me abraça, amor!
E nos permitamos a osmose de compormos, anônimos, a beleza da só nossa paisagem.

Me abraça!
E fujam teus olhos de tua face, teus dedos de tuas máquinas, teu fôlego de tu'alma... e sejamos assim, um, como um somos no breve momento de uma fotografia.

Me abraça!
E reunamos, coadjuvantes em torno de nós, todo o cosmo, o mar, o infinito estado presente, onipresente, que vive só dentro de mim e de ti.
Só dentro de nós...
...e o vácuo.


(Versos escritos agora à noite em Anshan, 05/12, resquícios da irradiante emoção espargida em Dalian e ainda sentida muitos dias após seu registro fotográfico)

Mcl, bandeirante, observador de pássaros

3 comentários:

Nana disse...

ENFU!

Denynha disse...

perfeito...

Mirian disse...

Excelente. Que inspiração. Vejo que os ares gelados estão te fazendo muito bem.
Beijos.